Marcelo Almeida do Nascimento

Minha foto
Neste blog você encontrará os textos originais dos meus projetos literários, peças teatrais, roteiros e apresentação de jogos de tabuleiro. osbatutas@yahoo.com.br

Escrever para quê?

O título acima faz parte de uma discussão que termina na seguinte conclusão: Ler para quê? Há muitos anos tenho desenvolvido minha teoria a respeito dos hábitos da leitura e do gosto pela literatura. Por isso estou voltando a usar este blog para discutir um pouquinho sobre a falta de leitura e o comprometimento disso na escrita. Afinal, para que escrever se não há ninguém para ler.



quinta-feira, 27 de maio de 2010

DA SÉRIE PARA LER RÁPIDO ANTES DE DESLIGAR O COMPUTADOR

O amor é uma imperfeição que distorce a estabilidade dos sentimentos de prazer e dor que moldam, especificamente, cada ser humano.
A visão maravilhosa que se criou acerca do amor procura corrigir essa instabilidade, pois quando amamos nos situamos na border line entre a felicidade e a tristeza, a razão e a emoção, o afeto e a carência deste.
Amar não é divino, não é supremo, não é maravilhoso. Amar não é construir nem destruir. É uma atividade mental exagerada, que consome corpo e alma, objetivando equilibrar o nosso ego frente ao impacto dessa imperfeição sentimental chamada amor.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

PAZ, AMOR E MUITO BEIJO NA BOCA

Apesar de buscar ser um texto enxuto e econômico, os finais de e-mails conseguem ser chatos, repetitivos e impessoais ao extremo.
Se o destinatário da sua mensagem eletrônica for seu amigo, você poderá usar de gírias, brincadeiras maliciosas ou até mesmo de palavras de baixo calão para desejar uma boa semana, um bom dia, um bom descanço ou até mesmo não desejar nada... é ou não é seu prego? huahuahuahuahua...
Mas quando se trata de seu chefe ou a mensagem tem caráter profissional, aí entram as famosas palavras e frases feitas, do tipo: Um abraço, aguardo retorno, sem mais, atenciosamente, obrigado, Best reggards.
Isso sem falar nos e-mails entre enamorados ou carentes de plantão, que quando não carregam os inhos no final (beijinho, amorzinho, queridinho, queridinha, anjinho, anjinha)se desdobram em caçarem no google frases de algum filme melado para repetirem no final do e-mail... isso quando não usam aquela decoreba usual do poema do Vinícius... " de tudo ao meu amor..." ou alguma frase esquizofrênica de pagodinho mela cueca.
Por estar saturado de tudo isso, e por acreditar que um final de e-mail deve conter, no mínimo, um desejo sincero e altruísta para quem vai fazer o favor de ler sua mensagem, criei uma síntese do que todos nós, seres viventes e pensantes nesse nosso planeta terra, devemos realmente desejar ao nosso próximo destinatário ou seguidor: PAMBB!
Não se trata de uma abreviação para Peace My Brother Brown. É uma sigla para PAZ, AMOR E MUITO BEIJO NA BOCA!
Senão vejamos...
Desejar paz é universal. Todos precisamos dela para vivermos tranquilamente a nossa vida. Muito mais que saúde, desejar paz ao próximo é emanar fluídos positivos para que ele viva longe de problemas de todas as espécies... de dinheiro, de emprego, de relacionamento e até mesmo de saúde.
Amor... ah, o amor! Quem vive com esse sentimento vinte e quatro horas por dias sabe que não há nada mais gostoso do que viver eternamente enamorado. Tudo é belo, tudo é lindo, tudo é simplesmente maravilhoso.
E por fim, quer coisa melhor que beijar na boca? Aqueles que tem mau hálito, dente podre na boca e gengivite com certeza dirão que isso é besteira, mas quem sabe o quanto é bom tascar um beijo longo e molhado, com direito a mordidinhas na língua, perda do fôlego e estalos escandalosos sabem que a melhor serventia para a boca, depois de engolir e beber, é beijar.
Por isso, proponho a todos que pratiquem PAMBB. Desejem PAMBB. Façam PAMBB! Nem que seja virtualmente.
PAMBB!

sábado, 1 de maio de 2010

A MAIOR COINCIDÊNCIA DO MUNDO!

As estáticas são um meio interessante de você ver o mundo. Funciona como uma espécie de análise matemática, gráfica e funcional da realidade em que vivemos. As nossas relações em comum, nossa vida social, nossos sonhos e anseios.
Existe um advérbio derivado da palavra estatística que, devido ao seu grande emprego em textos estatísticos, virou um verdadeiro lugar comum, principalmente em ocasiões em que você não tem a mínima idéia do que está falando, mas precisa de alguma palavra que lhe dê respaldo técnico e soe de forma a torna-lo dominador do assunto.
E assim nasceu a palavra estatisticamente. Em textos políticos ela aparece para embasar discussões a respeito de renda; em textos universitários para encher lingüiça, e em termos práticos não serve para nada mesmo.
E em termos de leitores para meus livros ela surge empregada de um modo defectivo, ou seja, estatisticamente não se tem noção de quem lerá seu livro. Isso porque, se partimos da análise lógica que subverte a ciência, ou seja, a de que os iguais se atraem, é, estatisticamente falando, muito difícil achar alguém que compartilhe as mesmas idéias que eu, e, assim, goste e leia do que eu venha a escrever.
Se meu analista ler isso, vai pensar em me receitar algumas doses de algum antidepressivo da moda para tentar cuidar da minha auto-estima. Mas ele não precisa se preocupar. Estatisticamente falando estou entre tantos escritores que não saem do seu ostracismo e escrevem para milhões de pessoas que não sabe se, algum dia, alguém lerá os seus escritos.